segunda-feira, 11 de julho de 2011

Gestalt-terapia

Nascida no início da década de 50 a Gestalt-terapia surgiu enquanto uma proposta clínica, oferecendo uma integrada dos fenômenos do Universo, ou seja, uma visão holística da realidade.

Esta visão holística da Gestalt-terapia envolve compreender o homem, a natureza, o planeta, casa ser vivo, cada objeto ou fenômeno do Universo enquanto uma totalidade, ou seja, enquanto uma unidade indivisível, um todo que é muito maior que a soma de suas partes, pois só pode ser compreendido pelas interações entre as partes que o compõem.

A Gestalt-terapia compreende, então, o homem enquanto uma totalidade, ou seja, um sistema integrado e organizado, uma unidade indivisível corpo/mente, onde não há separação entre as partes que o compõem, mas sim uma integração, correlação, organização e interdependência.

Dessa forma, não há no homem separação entre o seu sentir, o seu pensar e o seu agir. Sua mente, seu corpo e suas manifestações são partes de um todo, ou seja, são formas diferentes de expressão daquele ser humano e estão, portanto, integrados e contribuindo para a configuração desse todo. Assim, se algo muda em qualquer uma das suas partes, seja um aspecto emocional, mental, físico ou espiritual, o todo é reconfigurado, surge uma nova organização, uma nova gestalt.

Essa visão holística aponta também para uma compreensão do homem enquanto parte de uma totalidade mais ampla e mais complexa, que representa o contexto no qual ele está inserdo. Considerando, então, o homem enquanto ser-no-mundo, um ser de relação, procura focalizar a totalidade da relação que o indivíduo estabelece com o seu meio.

Esta  relação indivíduo- meio é compreendida na Gestalt-terapia a  partir de noções de singularidade, de liberdade, de responsabilidade e a partir da creça no potencial criativo do homem, no seu poder de recuperação e de transformação, na sua capacidade de se contruir e reconstruir na sua relação com o mundo, sem considerar, contudo, os limites, as dores. os conflitos, as contradições, que essa construção pode envolver.

O método que o gestalt-terapeuta se utiliza para abordar a experiência humana implicaem compreender o indivíduo como um ser uno, considerando então, não somente o seu discurso, o seu corpo ouo seu comportamento, mas todas as manifestações de suas dimensões sensoriais, afetivas, intelectuais, corporais, sociais e espirituais, visando alcançar a totalidade e a singularidade da relação do cliente consigo mesmo e com o mundo, visando alcançar o verdadeiro sentido do seu viver.

Assim o gestalt-terapeuta vai ao encontro da realidade do cliente investigando as suas experiências da forma como elas acontecem e se processam. No entanto. o sentido dessa realção do cliente com o seu meio será dado pelo próprio cliente; o terapeuta é apenas um facilitador nesse processo de investigação, de compreensão deste sentido.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Psicologia Positiva

Há cerca de vinte anos psicólogos e psiquiatras inauguraram uma nova corrente, a "psicologia positiva", que visa determinar o peso das emoções boas no equilíbrio físico e mental.

 Um dos principais representantes desse movimento é o psicólogo  Martin Seligman, de 61 anos, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Com suas idéias, Martin Seligman, ex- presidente da Associação Americana de Psicologia, se tornou um best-seller. Em seu novo livro, Felicidade Autêntica ( Editora Objetiva), recém lançado no Brasil, ele propõe que a conquista da felicidade seja um execício diário, feito com gentileza, originalidade, humor otimismo e generosidade.

Em ocasião do lançamento do seu livro Seligman foi entrevistado pela revista Veja. Segue abaixo alguns trexos desta entrevista. Divirtam-se!

Veja – É possível medir o grau de felicidade de uma pessoa?

Seligman– Sim, se estivermos falando de prazeres como sexo, chocolate e compras. Nesses casos, cada um sabe o que o faz mais feliz. Mas já fica mais difícil medir o grau da felicidade existencial, por assim dizer. O que dá para perceber é que há características comuns às pessoas que consideramos felizes. Elas são, por exemplo, mais queridas pelos outros. Também tendem a ser mais tolerantes e criativas. As pessoas felizes têm em comum, ainda, hábitos de vida mais saudáveis, pressão arterial mais baixa e sistema imunológico mais ativo que as infelizes.

Veja – Os mais felizes vivem mais?

Seligman –O estudo mais notável feito até hoje sobre felicidade e longevidade analisou o cotidiano de 180 freiras. Todas tinham a mesma dieta, leve e balanceada, e estavam livres, é claro, de drogas, álcool e cigarro.Como também convém a freiras, elas não eram suscetíveis a doenças sexualmente transmissíveis. Pois bem, mesmo assim, foi constatada uma diferença sensível de longevidade entre as mais e as menos alegres.Entre as primeiras, 90% ultrapassaram os 80 anos. Do outro grupo,apenas 34% chegaram a essa idade.

Veja – Muitas pessoas têm tudo para ser felizes e não o são. Como explicar isso?

Seligman– Depois de acumular bens materiais e realizações, muitos tendem a esquecer que tudo aquilo foi fruto de conquistas nem sempre fáceis.Passam a encarar o status e o conforto que alcançaram como se fosse um dado da natureza, por assim dizer. Com isso, começam a ficar insatisfeitos e a querer sempre mais. É claro que tal atitude causa frustração. Por esse motivo, lidar com a felicidade pode ser tão difícil quanto enfrentar a infelicidade.

Veja – Quais são os ingredientes de um relacionamento feliz?

Seligman– Não existe uma receita propriamente dita. Em meus estudos, descobri coisas inusitadas sobre os relacionamentos. Um dos exercícios que costumo aplicar é separar um casal e fazer com que cada um dê sua opinião sobre o outro. Depois, os resultados são comparados com a avaliação de pessoas próximas, como parentes e amigos. Quanto maior a discrepância da opinião do parceiro amoroso em relação à imagem social e familiar do outro, maior é a ilusão que existe entre eles. E, quanto maior essa ilusão, mais feliz e estável é o relacionamento. Homens e mulheres casados e satisfeitos vêem virtudes nos seus cônjuges que nem os amigos mais próximos conseguem enxergar. Hoje, muitos terapeutas de casais se dedicam a fazer com que casamentos marcados por brigas se transformem em uniões toleráveis. Eu prefiro transformar bons casamentos em uniões excelentes.

Veja – É possível ensinar alguém a ser feliz?

Seligman– É justamente esse o objetivo do meu trabalho: ensinar as pessoas a ser felizes e como intensificar essa felicidade. A mais agradável das tarefas de um pai – e eu diria que é até a principal – é desenvolver os traços positivos em seus filhos, em vez de apenas tentar apagar os negativos. É isso que garante às crianças os recursos para que se tornem adultos produtivos, equilibrados e satisfeitos. Felizes, enfim.



Bom pessoal por hoje é só! Até o próximo post!!